Advocacia preventiva: como reduzir riscos para seus clientes

Saiba como a advocacia preventiva ajuda advogados a reduzir riscos e evitar litígios, protegendo clientes e garantindo segurança jurídica

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O cenário jurídico atual tem se mostrado cada vez mais complexo e dinâmico, a partir do surgimento de novas leis, interpretações que se modificam e o ambiente de negócios se transformando em ritmo acelerado. 

Assim, a atuação do advogado deixa de lado a mera representação em litígios com uma demanda por estratégias que evitem problemas antes que eles aconteçam. 

Além de apresentar soluções para crises, o advogado, hoje, deve trabalhar na blindagem e planejamento. 

O que faz com que a advocacia preventiva surja como resposta a essa necessidade, consolidando-se como um pilar fundamental na redução de riscos e na otimização de resultados.

O que é advocacia preventiva

A advocacia preventiva consiste em uma atuação jurídica que visa antecipar e evitar problemas legais, em vez de apenas reagir a eles. 

Trata-se de um modelo de trabalho que foca na análise de cenários, identificação de vulnerabilidades e proposição de soluções antes que um litígio ou uma penalidade ocorra.

Uma abordagem proativa, que busca a conformidade com a legislação e a minimização de passivos para empresas e indivíduos. 

O objetivo de um advogado que atua com advocacia preventiva é proporcionar segurança jurídica, permitindo que os clientes foquem em suas atividades principais sem preocupações com questões legais inesperadas.

A principal responsável por essa mudança de paradigma é a complexidade regulatória. Foi esse fator que tem impulsionado a necessidade de uma visão jurídica mais estratégica, tornando a prevenção em um diferencial competitivo. 

Empresas que investem em assessoria preventiva conseguem mitigar prejuízos financeiros, evitar desgastes de imagem e garantir a continuidade de suas operações com maior tranquilidade. 

A importância da advocacia preventiva

A importância da advocacia preventiva está em diversos fatores. O primeiro, economia de recursos: um litígio pode gerar custos elevados com honorários, custas processuais, multas e indenizações. 

A prevenção, por sua vez, demanda um investimento inicial menor e com retorno significativo a longo prazo. 

Um contrato bem redigido, por exemplo, pode evitar anos de discussões judiciais e gastos desnecessários.

Além do aspecto financeiro, a advocacia preventiva também tem a prerrogativa de proteger a reputação do cliente. 

Empresas envolvidas em escândalos ou processos judiciais perdem credibilidade no mercado. 

Isso porque quando a mídia amplifica tais acontecimentos, acarreta danos quase irreversíveis à imagem da instituição. E a conformidade legal, assegurada pela prevenção, blinda a empresa contra esses riscos. 

Outro ponto relevante é a segurança jurídica. Como já vimos, as constantes mudanças regulatórias transformam a atualização em um desafio à parte. 

Através de uma advocacia preventiva, o monitoramento dessas alterações, e adaptação às práticas do cliente, garante que as operações estejam sempre em conformidade com a lei, minimizando o risco de surpresas. 

A atuação preventiva também proporciona maior clareza nas relações comerciais, já que contratos detalhados e políticas internas bem definidas evitam interpretações equivocadas e potenciais desentendimentos entre as partes.

Advocacia preventiva e consultiva

Embora os termos “preventiva” e “consultiva” sejam frequentemente usados como sinônimos, existe distinção entre eles. 

A advocacia consultiva se refere à prestação de informações e pareceres jurídicos sobre determinado tema. 

Com ela, o cliente busca o advogado para obter orientação sobre uma questão específica, como a interpretação de uma cláusula contratual ou a legalidade de uma operação e a consultoria fornece o conhecimento técnico necessário para a tomada de decisões.

A advocacia preventiva, por sua vez, incorpora, sim, a consultoria, mas vai além: ela envolve uma análise mais abrangente das atividades do cliente, com o objetivo de identificar riscos potenciais antes que eles se manifestem como problemas jurídicos. 

O advogado preventivo não apenas responde a perguntas, mas também propõe ações e implementa estratégias para evitar futuros litígios. 

Isso inclui a revisão de processos internos; criação de manuais de conduta; elaboração de planos de conformidade; ou reestruturação de contratos.

Por exemplo: o cliente pergunta sobre a legalidade de um novo modelo de negócio e o advogado consultivo fornece um parecer jurídico com base na legislação vigente. 

Mas em um cenário preventivo, o advogado propõe a criação de termos de uso e política de privacidade robustos; a realização de treinamentos internos para a equipe sobre proteção de dados; e a implementação de um comitê de ética para monitorar as operações. 

Ou seja, ele não apenas informa, mas também atua na blindagem do cliente.

A sinergia entre a abordagem preventiva e consultiva é a chave para uma assessoria jurídica completa e eficaz. 

Isso porque a consulta fornece a base de conhecimento, enquanto a prevenção aplica esse conhecimento para proteger o cliente de maneira proativa. 

A integração desses modelos permite aos advogados oferecer um serviço de valor agregado, consolidando sua posição como parceiros estratégicos de seus clientes. 

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